O espirro do anjo

Gilson Rodrigues Eliana klas Secretária Hoje, ao sair de casa, pude por alguns minutos observar meu vizinho pintando as grades do portão de sua casa. Casa onde mora com sua esposa e seu filho caçula. Enquanto eu o olhava minha mente foi inundada por recordações de uma infância que parece ficar cada vez mais remota. A casa dele, assim como é a minha, pertence a sua família a mais de três décadas. Faz tanto tempo... Mas olhando-o lembro que já fui criança um dia. O mandamento de me tornar como uma criancinha ou não verei o reino dos céus parece ter sido esquecido por mim há muito tempo. Olhando-o lembrei de alguns poucos dias nos quais eu ser uma criança não era feio. Sim, pois tem pais que ‘teimam’ em criar seus filhos não para serem adultos honrados, mas como se já fossem adultos. Olhando meu vizinho hoje cedo eu me lembrei – me do pai dele: Senhor Vicente... ‘Seu Vicente’, para os íntimos, o caminhoneiro da ‘cegonha’. Todos que moram a mais de 20 anos na Rua ‘da Biquinha’ l...